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terça-feira, 5 de março de 2013

Passei, passarás, Quintana passarinho, tudo neste mundo: um sopro no asfalto, um piscar de olho, uma folha que cai torta. Um dia ao outro se suporta. Uma hora de riso, outra hora é morta. O tédio veste a maioria das almas, coitadas, veladas por si mesmas, inquietas demais pra se dar conta de onde vão. Uma vez astro, outra hora em decadente urgência, as vidas se retraem e se expandem o tempo inteiro, de janeiro à janeiro, numa interminável fila do cordão da própria Vida. Poucos vibram luz, poucos exalam a imperiosa essência, poucos rejeitam migalhas e descobrem que acima existe um céu, um universo em completo encanto, um acalanto de miríades de estrelas. E a divindade dorme dentro deles, como um favo de mel enterrado num tronco escuro. (Bete Amorim)

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