Desço o Lavradio - acompanham-me todos os fantasmas
carregados vestidos assombreados pelas aléias, cartolas e casacões vergados sob o sol carioca
os casarões jamais despem o orgulho e a soberania
escalam-nos heras, cipós, singelas trepadeiras lhes dão um adorno singular
Ao ver-nos passar, mais se aprumam em sua histórica nobreza
e o perfume de coloniais memórias suplanta os manacás dalgum oculto jardim
Os antiquários ali resistem, bravamente
e os lustres, o mobiliário, as porcelanas e jarras
são irretocáveis
Um túnel do tempo uma viagem vívida de algum presente passado
e o toque de meus saltos sobre as pedras rústicas criam uma musicalidade única
Sentamo-nos por um momento
para que não se perca a magia desta vivência oportuna
de espectros amorosos debruçados nas sacadas empoeiradas e silentes
e meu coração, pleno de afeto, é uma transbordo de saudades de algo que nem sei se vivi
mas que me preenche com tal leveza, com tal familiaridade
que estou em casa. Estou em casa.
Que a tenham bem-vinda de volta.
ResponderExcluirOi! Blog fofo! Entra lá no meu:http://www.lavirocha.blogspot.com/ (Diários da Ilusão)
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