tenho um frio na alma
que nada agasalha
nascido de uma despedida num ponto de ônibus
parido na hora "h" em que os olhos
desavisados e revirados, mergulharam na alma alheia
tenho este frio que permeia meus dias
mesmo ao sol
e a busca frenética, quase dolorosa
da sensação que só tive nos seus braços
- um agasalho essencial para minha vida
tenho na alma este frio
quase um peso, quase uma morte
quase condenação
um frio gerado pelo espaço vazio que deixamos.
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