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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Enquanto eu viver, vou fazer com que o mundo perceba que estou aqui. Vou aguar vasos, vou soltar pássaros, vou bulir com as crianças e ouvir os mais velhos e suas intermináveis histórias. Vou ler pra meu filho, sem contar seus anos (e os meus), vou beijar com desejo, vou abraçar com a Alma, vou entrar no mar sem saber nadar e rir do meu desacerto. Vou procurar pelos amigos e cutuca-los, vou incomodar os acomodados (inclusive eu!). Vou chorar quando doer, sem teatros ou conveniências - pra mim só é conveniente ser claro, transparente, autêntico. Vou querer o prato inteiro - nada de migalhas, nem pra mim, nem pra ninguém. Farei tudo isso por nada mais do que morrer plena, gasta, exaurida - do mundo e de mim. Afinal, tem que ter valido todas as penas, todas as horas, todos os baques. Quero gritar é agora, não no meu leito de morte. Até ficar surda de vento. Ficar cega de sol. Ficar muda da música, ah, a música...

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