Não se pode dormir quando a vida foi talhada assim:
como um baque surdo que assusta e ritma
seu próprio passo.
Ora trajada de luto, ora gargalha palhaço.
Sem compromissos fora da agenda, sem merenda extra, sem
um qualquer mais que lhe apeteça a ponto de voltar a ser
prazer e glória.
Uma vida dentro dos padrões de milhares, aspirando ser única.
Mas que nada, em nada, difere das demais.
Alma volátil, pés esfolados, olhos esfomeados.
É como eu disse: apenas uma vida, nada demais.
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