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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

é um copo vazio. na minha frente, agora. é o que há. um vinho tragado no vazio de um copo que antes estava lá, na espera. e eu divago, soluço, engasgo com a própria saliva. não há alívio possível, não há consolação. eu mesma ergui esta ode ao copo que diante de mim comporta o mundo. um copo sem definição, incolor em essência, por triste coincidência, nesta hora, vazio. em mim, todas as perguntas possíveis, em mim todas as inquestionáveis resoluções, cristalizadas e foscas. eu cheia. diante deste copo. (Bete Amorim)

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