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terça-feira, 5 de junho de 2012

Primaveras sem retorno

São como as nossas flores, recorda-te? Pelo caminho até a estrada feia, as flores. E íamos em uníssono com a valsa do vento frio. Ele me fazia doer os pés - tu, ao meu coração, desarrumado. E as flores nunca faltaram sua graça em cada riso, em cada decoro, em cada foto. Fazias questão de me dizer que havia delas em mim e te agradava isso, esta delicadeza, esta leveza flor. Seriam as minhas histórias em apartados galhos secos e frágeis. Seriam as minhas memórias, nascidas da semente boa da minha ilusão. Seriam frutos, não caíssem antes das ramadas, ainda tão jovens, ainda tão promessas. Eram nossas flores, eu pensava. Mas só que eram apenas minhas, fábulas tramadas pela vontade de ser feliz, arrancadas precoce de meu coração.

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