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sábado, 19 de junho de 2010

Minha vida me acordou tão cedo hoje
levou-me para o sol
alimentou-me sem pressa sem pressões
eu ainda dormiria mais mas ela não deixou
minha vida tem necessidade urgente de ser
digo a ela que tem tempo que se acalme
mas ela se afoba ainda mais e mais se enerva
e fervilha em minhas veias e me salta pelas órbitas
e me jorra pela boca e.
Minha vida gosta de ser fotografada filmada registrada
ela deixa mais marcas que um cão pela casa
desenha no meu rosto signos inconfundíveis
rastros de suas perambulações
me mapeia nos tombos e tropeções que vai levando por aí
tento olhar para ela com carinho não acusando ou cobrando
não censurando certas escolhas algumas indecisões
é que minha vida cisma de ser plena de ser inteira de ser entrega
e depois chora
ou gargalha doidamente
Essa minha vida é tão intrigante
tão amante de descobertas segredos feitiços
uma vida tão menina de tantos caprichos umas tantas perdoáveis mentiras
As vezes é tão pesada a vejo meio deformada feia enegrecida
e metamorficamente refeita de repente me espreita
com o olhar mais sedutor mar absoluto céu fecundo
linda clara lume de estrela dona de uma alegria faceira
Minha vida me ensina todo dia a cada instante
que o mundo é um gole largo a ser tomado de uma vez só.

Um comentário:

  1. Estou começando a ler você... Muito lindo este texto!!! Muito precisa a maneira como você coloca as palavras, dando-lhes cores, sabores, sentimentos intensos, coração atento... Parabéns!!!
    Beijos,
    Zenn Bell

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