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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sem cura.

Eu não durmo mais
prefiro a companhia das horas desalinhadas entre estrelas
Se dormir, sonho
e neste ato redescubro muitas coisas a esquecer
Não adianta sugerir outro pensar: não satisfaz
recordo frases suas e mesmo sem querê-las
me trazem louco desejo, mesmo se não me proponho
a ceder uma vez mais
É água sobre a pedra, é vento de anunciação
é fogo subindo a serra
é paixão.

Um comentário:

  1. Olá, Bete!

    Como o prometido, estive aqui. Li quase tudo e confesso que gostei muito. Mas poesia é como vinho. Não se pode beber a garrafa inteira num só gole. Poderemos nos embriagar com as palavras, isso é bom. Mas no dia seguinte não sentiremos o sabor delas se não a degustarmos lentamente até que ela hidrate nossa alma.

    Não sou bom em comentar poesias, pois cada poeta registra seus sentimentos da forma que lhe é peculiar. Mas notei presente em teus poemas alguns sentimentos comuns a nós poetas:

    A palavra horas está quase sempre presente e isto representa a ansiedade que permeia o duelo entre a rotina e desejo do sonho. Notei também um certo cenário nebuloso (não sei se na alma ou no lugar onde vives, ou ambos)em tua poesia.
    Tristeza por algumas renúncias.

    Não encontrei a poesias das coisas externas interferindo em tuas buscas a não ser elementosd a natureza dialogando com teu estado de espírito.

    Mas toda essa análise vem de um ponto de vista de quem ainda não a conhece e esse é o grande mistério que envolve o poeta e o seu leitor.

    Mas saio daqui feliz e com a certeza que ainda beberei mais desse vinho raro que é a tua poesia.

    Um grande beijo poético.

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