As cortinas, cerradas, são muralhas mal montadas onde penso que me escondo
do trote ansioso dos acontecimentos que se rebelam
e sem antecipar avisos me atropelam
no âmago das coisas:
o olhar que eu provocava
a carne que desejava, maldosa e secreta
a descoberta de não poder voltar atrás
o preço de tudo - a antiga paz que já não me cabe
- uma mortalha sem vãos.
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