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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Na espera...

sem tapetes de folhas andei o inverno inteiro
em orações vislumbrei o sol a cada nova investida
meu corpo dói - é difícil a subida
mas ficar estagnado nunca foi uma opção
quando as chuvas vierem meu rosto estará mais constrito
- faltam-me as flores e seus campos despudorados, é fatal
mas um aroma de romãs me cerca a mente
e promete dias ensolarados e praia branca
ontem as horas foram mais longas que de costume
e mastiquei com a intensidade dos lobos
- a voracidade, em certas horas, nos vai muito bem
um dia, vou abraçar este mar com tamanha coragem
que me faltará fôlego para vir à tona
passarei a viver então
entre as sereias e as tartarugas em extinção
despistando anzóis e homens.

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