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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pela retina

Noite.
Luz escassa, mulher devassa, impaciência
sirene de bombeiro, alguém canta no banheiro, sonolência
A vida que se turva, a espera além da curva, porta trancada
o gato no telhado, o cão abandonado, a calçada esburacada
Barulhos que assustam, pesoas que estudam, bebida descontrolada
um carro de polícia, um vulto na esquina, um baque surdo
Uma mulher apressada, gente na balada, alguém pixando o muro
lua destonada, bêbado na enxurrada, sono absoluto
Espera da madrugada, vontade de não fazer nada, escuro
melindres de vampiro, povoam-na suspiros, almas penadas
Namoro no portão, comida requentada, lojas fechadas
As vezes faz calor, as vezes falta amor, as vezes chove.
Tudo no mesmo lugar.

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