Total de visualizações de página

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Feito o estrago, estabeleça o preço:
uma suposta "deliciosa" solidão eleita companheira, que não convence a mais ninguém - nem a você;
um travesseiro agridoce de constância de lágrimas, enjoado;
uma roupa de vítima rota, esgarçada, demodè,
e que sinceramente nunca lhe coube;
um frio na barriga temperado à raiva daquela foto
que você amassa, cospe...e depois torna a guardar;
um medo que não lhe cultivei, um sofrimento que não lhe semeie, um abandono das coisas que se nutriam por si só;
uma culpa que lhe arqueia os ombros, onde se estabeleceu o resto de uma vida toda para um indigesto "se".
Feito o estrago, estabeleça o preço. E aí pague. Mas ungido de alguma dignidade, faça-me o favor. (Abril, 2012)

Nenhum comentário:

Postar um comentário