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domingo, 16 de maio de 2010

Num lindo dia...

De repente a noite estava ali
e eu não podia não vê-la
não degustá-la
ela estava ali carregada de seu pouco lume
seus perfumes de outras casas
seu cheiro de viagens
por lugares que cobiço ela sabe
A noite nunca me pede licença
adentra meus momentos sem qualquer cerimonial
traz suas notícias divididas
me faz sono me faz sonâmbula
Quando não a quero se vinga
e me assombra com seres de enigmáticos sonhos
Deixa sempre presa a mim
uma palavra a ser dita diante do dia
um remorso pelo descaso com o relógio
uma paisagem encravada entre os seus seios
A noite me grita dentro de um silêncio enervante
tem o displante
de me lembrar que estou só
E então se acerca de mim
me sussura que só a ela eu tenho
que me entregue
que me traia
Mas se esquece ah! e esmorece
quando exibo vaidosa
mapeadas na pele
as carícias do sol.

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