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segunda-feira, 17 de maio de 2010

O bordado

Ponto a ponto
surge o bordado
do emaranhado de fios entrecruzados
se faz o cenário
os olhos olham mas não vêem
a boca pende calada
o ouvido especula o ambiente silente
mas a mente bateu revoada
As mãos têm vida própria ninguém as dirige
no seu bailar compassado entre pano e agulha
e a angustiante brancura do tecido
agride a cor
Que intrincado tramado
este viver
de pontos diversificados
de erro e acerto
de ponta de tesoura
de nós
Vem surgindo o desenho sonhado
aparecendo no ponto buscado
a história de cada um
a sós.

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