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sábado, 29 de maio de 2010

Eu escolhi amar de uma maneira abominável:
amo despetalando as flores das horas
em que estou só
Eu escolhi
amar um amor inconfesso
como quem toma um veneno
num cálice de cristal
Amar amiude e rotineiramente
relendo cartas que não enviei
e escrevendo poemas que nunca serão lidos
Amar de forma insana condenável
pelo tribunal de minha própria existência
sem defesa perante esta imensa covardia
Condenei-me a esta estadia
na casa da dúvida
Pago a pena de não ousar para ser feliz
Curvo-me sobre o peso da escolha
e despeço-me da possibilidade
de sabê-lo um dia.

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