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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Divagações

Tenho rezado pelos meus pensamentos
tentado trazer, à luz da razão, minhas aflições
Os medos quase sempre são tormentos
monstros que a gente cria pelas mais estranhas razões.
Tenho tentado não sufocar neste cimento
que me pula para dentro das órbitas
e a não me acostumar ao lixo acumulado na visão.
É um tanto difícil, admito
não se sentir muito só na multidão
e não se sentir invadida, quase traida
quando todos dizem o que comer, o que usar, como existir.
Bem, eu vou buscando a pedra filosofal dentro dos dias
porque alguém atrás me empurra, a Terra gira, o sol nasce
não importando o que eu faça pra entender
como é que eu entrei nesta fila pra fumaça
pra beber água contaminada, pra morar apartada
de quase tudo que eu vim ao mundo para ser.
Será que a loucura está trancada
em prédios que a razão podem conter?
Ou (ora de rezar!) será que lá dentro jazem
esquecidos amordaçados reprimidos
aqueles que a luz puderam ver?
Ousar pular da roda, saltar no ar, falar com anjos
tudo isso implica em muito risco.
Pode-se dar de cara com mais que o explícito
pode-se ter consciência do mundo nesta hora.
Quem é que se manteria "lúcido" depois disso?

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