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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cantando

Quando canto
sobe pela garganta uma angústia
que me estrangula a voz mesclada ao encanto
e me faz sentir a dor da música
Quando canto
meus pés rompem com o chão
e minha alma derruba as minhas portas
expondo minhas vísceras
Quando eu canto emito sons guturais
falo de esferas que só eu conheço
e padeço
de uma vontade inexplicável
saio de tudo que me é familiar
e adentro por emoções nunca descritas
Quando eu canto
meu próprio olho me fita
como a um estranho
e misturando riso e pranto
choro de gozo e de piedade
por todo canto que se não cura mata
e se não mata engravida a minha vida de saudade.

Um comentário:

  1. Finalmente consegui parar um pouquinho para ler... Vida doideca...

    "Quando eu canto
    meu próprio olho me fita
    como a um estranho
    e misturando riso e pranto
    choro de gozo e de piedade
    por todo canto que se não cura mata
    e se não mata engravida a minha vida de saudade."

    Lindo demais, Liz... Lindo demais!

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