Até quando as árvores sangrarão
até quando os rios enegrecidos
o ar pesado
as aves aquáticas cabisbaixas
o choro das marés? Até quando
as raízes expostas
as propostas indecorosas à vida?
O mato ralo
o dia incerto
o amor a míngua?
Os homens cinzentos
os plúmbeos dias sem contento
as manadas desordenadas
Até quando
o clamor abafado
e viveremos amordaços em nossa própria dor?
Nenhum comentário:
Postar um comentário