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domingo, 30 de maio de 2010

Violeiro

Dedos leves aveludados
acariciam as cordas
mas os olhos semicerrados
só querem esquecer as horas
Perdido em suas canções
devaneia o violeiro
ele é o palco de emoções
contidas num mundo inteiro.
Assusta-lhe o jeito forte
que a nota vem e penetra
indo as beiradas de sua alma
deixando-lhe a ferida aberta.
Enquanto as damas suspiram
e os homens o invejam
desfalece sem que o saibam
em braços que o consumiram.
Distante demais a planície
longe demais do seu chão
ele espalha dedos em riste
pelas cordas sua ilusão.
Pra quem ouve soa belo
pra quem dança soa festeiro
mas na sombra desse homem triste
pulsa a dor de um pantaneiro.

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