Depois da curva, perdi o gosto de andar. A rua seca, de mato pouco, não me seduzia. Distante demais a próxima estação, nem dava pra sentir o gosto do ferro. Diante de mim, desdobrava-se o mundo, como um papel de bala: cores amassadas, sem o glamour da telenovela. Com esforço, obriguei o corpo a girar, mas a cabeça não obedecia. E enquanto meus pés me arrastavam de volta à casa, minha cabeça teimava em deslumbrar um caminho sem rota...
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