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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

apaixonamento

é sempre primavera, aos seus pés, como que em adorada devoção, pecaminosa e falha.
é sempre um dia de sol quando há seu riso por detrás das cobertas, por cima das horas,
sorvido com café e preguiça de estar.
um sol que me vence o torpor de enfrentar a vida e me sacia, lentamente, a alma.
é sempre assim, quando você traqueja por perto: um cheiro doce, uma fome boa,
um motivo a mais para retardar a hora de sair para trabalhar ou qualquer outra coisa.
você gravita meus mundo com absoluta segurança dos que reinam sós, ostentando seu orgulho
(e sua sabença de que este reinado lhe foi concedido sem condições).
e até a minha música preferida fez-se nossa, pelo seu querer.
e até a minha comida preferida agora é outra, para o seu desfrute.
nada é alto demais, pequeno demais, forte ou fraco o bastante:
tudo está sustento no instante da sua estadia entre meus braços.
as estações nascem e morrem como este sol que caminha pelo espaço deste céu
dentro do seu olho, pelo gosto do seu cheiro, pela cor da sua pele.
este é o tempo - relativo como cabe a cada um de nós.

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