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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

dos justos e dos nobres

quero dormir o sono dos abençoados - imagino nuvens brancas sobre mim
um sono que vai de encontro ao meu desejo de absolvição (sei que não a mereço)
quero um sono sem fronteiras dentro de mim mesma, um sono de criança - quase um desmaio
mas espero um despertar que a isso se aquilate: úmido de frescas manhãs, novas manhãs
onde terei me perdoado pelo fardo imenso de ter sido eu nestas terras.
quero dormir aquele sono de cinderela, em meio aos espinhos para que me esqueçam
- nada de príncipes, que já não posso com pesadelos! só sono, faça-me o favor.
ah, bem que me é devido um sono dos mortais que tentam abdicar das guerras, até das pessoais
sono sem cercas, de todas as cores, para todos os tamanhos de sonhos que me alegrem.
e eu escolheria a hora de acordar - não o relógio, o celular, ou os outros!
um sono em que minha divindade me acolhesse e me reconhecesse melhor, mais iluminada,
mais livre do fardo de acordar, enfim.

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