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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

é porque é assim

lamento, mas eu vou deixar você por agora e vou saltar
nesta grande onda prata que invadiu a praia e me convidou pra sair de mim
e descobrir a dimensão deste azul brindado de sol e sal.
eu peço licença mas a vida se estendeu de tal maneira por trás dos meus olhos
e isso me reabriu um apetite de gozar, de sonhar, de ser alada.
acredite - nada disso foi programado! por isso a urgência de absorver
este verde, este tapete de veludo rosáceo no fim da tarde, esta gente multicolorida
ilustramente desconhecida, (pelo menos por hoje, mas, quem sabe)
que atravessa sem licença o meu caminho e me atropela de histórias originais.
eu estou borbulhando em sangue, versos e musicalidade
e a verdade é que tudo passa, voo passarinho, teia que se enlaça sobre si mesma
e se rompe, sem alarido, sem prévio aviso, sem convenientes despedidas ou elegantes desculpas.
ai, me perdoa! que urgência boa de acreditar em Ano Novo, em reprogramar-se, em projetos.
que urgência de mim, só ou acompanhada, mas totalmente voltada para a Vida.

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